Na última segunda-feira (1º), a ativista indígena de Rondônia Txaí Suruí, de 24 anos, discursou na abertura da 26ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia. A indígena, que faz parte de uma delegação formada por cerca de 40 lideranças de povos tradicionais, tem um histórico de perseguição na família por parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Seu pai é Almir Suruí, liderança indígena e crítico do governo do atual presidente. Segundo informações reveladas pelo UOL, associações ligadas a Almir foram alvos de investigações por “crime de difamação” no final de 2020. O pedido foi feito por Marcelo Xavier, presidente da Funai, órgão o qual Almir criticou a atuação durante a pandemia da Covid-19.
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Segundo informações da Folha de São Paulo, a mãe de Txaí também sofreu ameaças, as quais levaram ao seu exílio de dois meses no começo de 2021. Devido às denúncias de invasores de terras indígenas Uru-Eu-Wau-Wau, que tiveram início em 2019, Ivaneide Cardozo recebeu ameaças de morte.
Em seu discurso na COP26, Txai Suruí ressaltou os homicídios ligados a conflitos com grileiros e garimpeiros. “Enquanto você fecha os olhos para a realidade, o defensor da terra Ari Uru-eu-wau-wau, meu amigo desde criança, foi assassinado por proteger a floresta”, lamentou.
Nas redes sociais, a líder indígena publicou seu discurso completo:
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