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Segundo um estudo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), a área da saúde terá o menor orçamento federal dos últimos 10 anos em 2022. Na proposta orçamentária para o ano que vem, a previsão de gastos para a Saúde é de R$ 147,5 bilhões, valor próximo à média dos últimos anos.

Entretanto, excluindo os gastos de combate à pandemia da Covid-19, o orçamento cai para R$ 140,3 bilhões, o menor desde 2012. O valor diz respeito a cerca de 3,1% dos recursos totais do governo, menor percentual em uma década.

A proposta orçamentária também revelou queda dos recursos para a compra de vacinas contra a Covid-19. O valor estimado é de R$ 3,9 bilhões, metade do valor de 2021 (R$ 6,9 bilhões).

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Arthur Aguillar, diretor do Instituto de Estudos para Políticas Públicas, vê como fundamental a atenção primária à saúde, que também registrou queda de investimento para 2022. “Mesmo ela podendo 80% dos problemas de saúde, estamos gastando somente 17% do orçamento nisso”.

O estudo também revelou queda dos gastos de construção de novos hospitais, unidades de saúde e compra e manutenção de equipamentos. Na proposta orçamentária do governo federal, os investimentos em saúde caíram 77% entre 2013 e 2022.

“No Brasil, os mais prejudicados são sempre os mais pobres e os pretos. Enquanto nós não entendermos que com essa desigualdade social o Brasil não tem futuro e que o SUS é uma das mais importantes políticas para o combate dessas desigualdades, nunca seremos uma nação chamada de civilizada”, opinou Walter Cintra Ferreira, professor de Gestão em Saúde da FGV.

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