O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou na noite desta quinta-feira (23) que a pasta irá autorizar a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, mas com prescrição médica e um “termo de consentimento livre esclarecido”.
"A nossa recomendação é que essa vacina não seja aplicada de forma compulsória. Ou seja, depende da vontade dos pais. E essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece a todas as orientações da Anvisa", disse Queiroga, em entrevista coletiva.
De acordo com o ministro, a decisão final será dos pais, prática que já ocorre hoje. "Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina", afirmou.
A determinação de Queiroga vai de encontro com a opinião do presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante sua live semanal realizada em 16 de dezembro, o chefe do Executivo havia declarado que a palavra final caberia aos responsáveis pelas crianças.
Bolsonaro ainda pediu que os nomes dos integrantes da Anvisa que foram a favor da autorização da imunização fossem divulgados.
“A Anvisa não está subordinada a mim, vamos deixar bem claro isso, não interfiro lá, mas pedi extraoficialmente o nome de quem autorizou a vacina para crianças a partir de cinco anos. Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são e forme seu juízo”, disse Bolsonaro.
Não foi especificada pelo ministro da Saúde uma data para início da vacinação. Mas segundo Queiroga, será possível começar a imunização dentro de um “prazo curto”.
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