O aumento de casos de Covid-19 causados pela variante ômicron e a epidemia de influenza levaram a Prefeitura de São Paulo a cancelar o carnaval de 2022. A Secretaria da Saúde declarou que ainda não é recomendável realizar o evento no autódromo de Interlagos.
Durante o início de dezembro, a Vigilância Sanitária aconselhou o prefeito a não realizar o Réveillon na avenida Paulista, e o evento acabou sendo cancelado.
Cerca de 58 municípios entre o interior paulista, o litoral e a Grande São Paulo cancelaram os bloquinhos. Olinda, Rio de Janeiro e Salvador também cancelaram os blocos de rua.
Na última quarta-feira (5) o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que os primeiros dados analisados pela Covisa apontam que a disseminação da nova variante apresenta um contágio mais rápido em um curto período de tempo.
O atendimento de pacientes com suspeitas de Covid-19 aumentaram cerca de 30% nos últimos 10 dias, apesar dos hospitais ainda não estarem impactados com o aumento de infectados. Os meses de janeiro e fevereiro foram pressionados pelo aumento da contaminação.
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Nos quatro primeiros dias de janeiro, cerca de 32.403 pessoas com problemas respiratórios foram atendidas, e 18.267 suspeitos de Covid-19, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.
A Secretaria, em conjunto com o Instituto Butantan, realizou um novo sequenciamento genético, e os resultados mostram que a nova variante tem 50% de prevalência entre os pacientes com a nova mutação. Os números divulgados na última terça-feira (4) referentes aos dias 12 a 18 de dezembro mostram que a prevalência pode ser até maior.
O médico João Gabbardo, coordenador do comitê científico e conselheiro do governador João Dória (PSDB), afirmou que "é impensável manter o Carnaval de rua sem controle de vacinação".
O Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo, a União Blocos Carnaval do Estado de São Paulo e a Comissão Feminina de Carnaval de São Paulo cancelaram na quarta a participação de blocos de rua. Mesmo em local com entrada controlada, as organizações não iriam participar.
Os grupos representam 250 blocos, e a capital tem cerca de 680 inscrições. A insegurança sanitária para a participação do evento, a falta de consenso entre as esferas públicas e não inclusão dos blocos são alguns dos motivos para o cancelamento.
Bloco como os da Daniela Mercury e Glória Groove, haviam cancelado a participação um pouco antes do Natal.
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