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Randolfe Rodrigues protocola pedido para nova CPI da Covid no Senado

Em meio ao aumento de casos de Covid-19 no Brasil, Senador diz que pretende investigar ações do governo federal a partir de novembro de 2021


11/01/2022 17h57

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) usou as redes sociais nesta terça-feira (11) para informar que irá protocolar a abertura de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19. Segundo o parlamentar, o objetivo é apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia a partir de novembro de 2021.

“Não iremos assistir de braços cruzados a continuação da tragédia brasileira! Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir. Não iremos ficar calados diante do aumento de casos de COVID-19, da disseminação da ômicron e a sabotagem da vacinação das crianças”, disse Rodrigues.


Segundo o senador, a nova CPI teria quatro focos de investigação: atraso e insuficiência da vacinação de crianças, insuficiência de provisão de doses de reforço em 2022, ataques de Jair Bolsonaro aos técnicos da Anvisa, e a insuficiência da política de testagem.

Leia também: STF institui Política de Transparência, Dados Abertos e Prestação de Contas

Em maio de 2021, foi aberta uma CPI para investigar as ações e omissões do Governo Federal durante a pandemia da Covid-19. Em quase seis meses de trabalho, foram ouvidos ministros, deputados, profissionais do Ministério da Saúde e pessoas envolvidas nas negociações das compras de vacinas.

O trabalho resultou em um relatório de quase mil páginas, que foi entregue ao procurador-geral da República Augusto Aras. Uma eventual responsabilização do presidente depende dele abrir uma investigação contra Bolsonaro.

"Não é aceitável, diante de tamanha irresponsabilidade, nós congressistas ficarmos inertes. Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR não tomar nenhum tipo de providência. Diante desses acontecimentos só resta ao parlamento um remédio: a CPI", completa Randolfe.

O relatório final também foi entregue para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ao presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, a Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal Penal Internacional (TPI) e Ministério Público em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Amazonas.

No relatório, Bolsonaro foi indiciado por nove crimes, sendo eles: Epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, prevaricação, emprego irregular de verba pública, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e crime contra a humanidade.

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