Fundação Padre Anchieta

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Foto: Divulgação Sapucaia Filmes
Foto: Divulgação Sapucaia Filmes

Projeto Mangues da Amazônia promove ações pedagógicas que mobilizam crianças e jovens para a conservação da maior faixa contínua de manguezais do planeta, localizada na zona costeira do Amapá, Pará e Maranhão.

As atividades abrangem diferentes faixas de idade desde o início da vida escolar em comunidades de reservas extrativistas, que utilizam os manguezais como meio de sustento, o que inclui a extração de caranguejo e a pesca.

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“Eles serão os futuros guardiões do meio ambiente e constituem o melhor caminho para as mensagens chegarem aos pais, mobilizando reflexões e mudanças de comportamento”, afirmou a educadora ambiental Aila Freitas.

Realizada pelo Instituto Peabiru e Associação Sarambuí com apoio do Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), a iniciativa é patrocinada pela Petrobras.

Na Escola Municipal Brasiliano Felício da Silva, localizada na comunidade de Tamatateua, em Bragança (PA), no Clube do Recreio, crianças de três a seis anos realizam atividades lúdicas para “aprender brincando”. Cartilhas sobre os manguezais foram especialmente produzidas para as atividades, com linguagem simples, cores e desenhos.

“Ser criança nos manguezais é conviver com a natureza, enxergando detalhes que só eles conseguem pela paixão de pisar na lama”, enfatiza Freitas. Ela conclui: “É um laboratório vivo de aprendizados, de forma que o principal desafio é preservar o meio ambiente fazendo parte dele, e não só para utilizá-lo depois”.

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Já no Clube de Ciências, meninos e meninas a partir dos sete anos de idade participam de encontros teóricos e práticos com cientistas sobre temas dos manguezais, inclusive expedições de campo para conhecer melhor a fauna e a flora típica desse ecossistema.

O Projeto Mangues da Amazônia prevê recuperação de 12 hectares distribuídos em áreas já impactadas em três reservas extrativistas dos municípios de Augusto Corrêa, Bragança e Tracuateua (PA), com mobilização direta e indireta de cerca de 7,6 mil pessoas.

Na comunidade de Tamatateua, a iniciativa PROMANGUE, desenvolvida pelo projeto, mobiliza jovens estudantes entre 14 e 20 anos em rodas de conversa semanal sobre aspectos ligados aos manguezais e a temas como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), com metas ambientais e sociais para 2030 no mundo.

“Já temos consciência que é errado desmatar, falta só convencer os pais”, revela o aluno Pedro Henrique Ribeiro, que junto aos demais jovens do grupo contribuiu no trabalho de reflorestamento do manguezal na comunidade.

A partir de janeiro, a expectativa é disponibilizar cursos de informática como oportunidade de qualificação profissional, com participação inicial de 120 jovens e adultos de três reservas extrativistas atendidas pela iniciativa nos municípios de Tracuateua (comunidade Nanã), Bragança (comunidades de Tamatateua e Taperaçu) e Augusto Correa (comunidade Araí). Com atividades semanais aos sábados, o objetivo do curso é abordar desde procedimentos básicos de informática até aplicações úteis às comunidades extrativistas.