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Desinformação e antissemitismo preocupam após 77 anos da liberação de Auschwitz

Conheça livro que revela bastidores do Haavara, pacto que salvou cerca de 60 mil judeus


28/01/2022 15h16

Celebração do Dia Internacional em Memória do Holocausto ocorreu pelo mundo todo na quinta-feira (27) e homenagens às vítimas foram prestadas, porém, a data também foi marcada por um alerta global sobre o crescimento do antissemitismo na pandemia.

Para combater essas ações, a União Europeia (UE) se comprometeu na quarta-feira (26) a enfrentar a negação do Holocausto - genocídio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial -. Anteriormente, no mês de outubro, o bloco lançou um plano de combate aos ataques contra a comunidade judaica.

No livro “Haavara: O Acordo de Transferência” o jornalista judeu norte-americano e autor do best-seller Edwin Black, revela bastidores do “Haavara”, pacto entre judeus e o Terceiro Reich para salvar vidas e trazer recursos financeiros para a criação do Estado de Israel antes da eclosão da guerra.

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Em entrevista ao site da TV Cultura, ele revelou que investigar o que aconteceu sempre foi uma missão de vida. “Sempre foi minha missão de vida, não apenas investigar o que aconteceu no Holocausto, mas porque e como aconteceu? Quem estava por trás disso? Quem foi implicado e quem saiu impune? Não apenas os puxadores do gatilho, mas aqueles que permitiram e fizeram acontecer”.

Filho de sobreviventes do extermínio em massa de cerca de seis milhões de judeus, ele explicou que o acordo transferiu cerca de 60 mil pessoas, além de mais de 1 bilhão e 500 milhões de dólares (em valores atuais) para a Palestina Judaica.

Na situação, o emigrante pagava certa quantia em dinheiro e quando chegava à Palestina o recebia de volta para comprar produtos alemães. “Embora tenha sido o maior resgate do Holocausto, o procedimento dependia da compra e venda de mercadorias alemãs, rompendo o boicote”, afirmou Edwin.

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O jornalista soube do assunto no final da década de 1970 durante uma cobertura jornalística que não havia relação, e após isso, passou anos para montar uma equipe internacional que contasse o que ocorreu a partir de arquivos esquecidos. “Para mim, foi uma busca para aprender a história e provar que os judeus agiram para se salvar”.

Com publicação em 1984 nos Estados Unidos, o livro ganhou uma versão comemorativa em 2009, que trouxe ainda mais destaque para este acontecimento. Ao falar sobre a produção, o autor explicou que “não é uma leitura fácil porque as pessoas descobrirão as escolhas impossíveis, de vida e morte que os judeus enfrentaram em todos os lugares”.

O dia 27 de janeiro celebra a libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, sendo este o principal complexo sob o comando de Adolf Hitler. A data anual foi criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) em uma Assembleia Geral em 2005.

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