A Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou nesta quarta-feira (2) a resolução que condena a Rússia pela invasão à Ucrânia. A reunião foi convocada de forma emergencial pelo Conselho de Segurança para a discussão da situação no Leste Europeu.
A aprovação devia ter dois terços da maioria votante. A votação final resultou em 141 a favor, contra 35 abstenções e 5 votos contra.
Antes da votação, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kylytsya, afirmou que os “crimes cometidos pela Rússia” são classificados como bárbaros e difíceis de entender. O embaixador também pediu respeito à carta das Nações Unidas.
Já o embaixador russo, Vasily Nebenzya, pediu que a resolução não fosse aprovada, e que os países “votassem por seus interesses e não por pressão”. Em seu discurso, acusou a Ucrânia de usar pessoas como escudos humanos e manter reféns em Kiev.
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De acordo com Nebenzya, a recusa da votação irá “libertar a Ucrânia do neonazismo”. O representante russo completou afirmando que o país tenta terminar a guerra de oito anos na região de Donbas. "Falamos com todos, mas não nos deram ouvidos. O objetivo da operação especial mostra que não estamos fazendo ataques à infraestrutura civil”, disse.
O Brasil votou à favor, mas prometeu justificar o gesto após a resolução. Já o embaixador da Síria na ONU, Bassam al-Sabbagh, classificou a votação como "hipocrisia".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em uma coletiva de imprensa após a votação que iria fazer “tudo ao alcance” para que o conflito terminasse e desse continuidade às negociações. “Povo da Ucrânia, nós sabemos que vocês precisam de paz, e povos do mundo todo exigem essa paz”, afirmou.
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