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Após a alta de quase 25% no diesel anunciada pela Petrobras nesta quinta-feira (10), caminhoneiros falam em "estado de choque" e "facada do governo". A liderança dos motoristas pretende mover ações judiciais contra o reajuste, junto com uma ofensiva política para a mudança imediata no preço dos combustíveis.

A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas afirmou que tentará uma medida para barrar o aumento nesta quinta. Apesar do aumento, os motoristas descartam uma paralisação.

 Além de 24,9% de reajuste no preço do diesel, também foi anunciado o aumento de 18,7% na gasolina e 16% do gás liquefeito de petróleo (GLP).

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, junto com outros caminhoneiros, realizaram mobilizações pelas redes sociais. De acordo com os motoristas, a Petrobras trabalha apenas para o mercado financeiro, e perdeu o objetivo principal, que era a garantia de combustível aos brasileiros.

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“O governo é o maior acionista da Petrobras, tem que parar essa coisa de paridade”, afirmam alguns motoristas.

Segundo o deputado Nereu Crispim (União-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetista, o grupo irá abrir uma ação na Justiça Federal, solicitando um limiar contra o reajuste da Petrobras, usando como base o Código de Defesa do Consumidor.

Com relação às greves, a última, que aconteceu em 1º de novembro de 2021, deixou sequelas aos motoristas. A Advocacia-Geral da União (AGU) aprovou liminares judiciais, que determinavam multas de até R$ 1 milhão para caminhoneiros que bloqueassem estradas.

A liderança dos caminhoneiros defendem a alteração na fórmula de preços da Petrobras, evitando que os preços sejam relacionados à variação do dólar e cotação internacional do barril de petróleo.

O deputado Crispim também solicitou a criação de um fundo de estabilização da gasolina e do diesel.

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