O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta quarta-feira (27) as crises instauradas pelo governo. De acordo com o parlamentar, algumas são “cortina de fumaça”. Sem citar diretamente, o senador comentou os atritos entre o Judiciário e o Executivo a partir do indulto presidencial concedido a Daniel Silveira (PTB-RJ).
"Infelizmente os atritos têm acontecido com certa regularidade no Brasil. Isso não é bom". As crises entre os Poderes podem ser vistas como “cortina de fumaça” para os “verdadeiros problemas do Brasil”. “É lamentável que crises sejam criadas a todo instante”, destacou.
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“Isso não é bom, temos que buscar o diálogo, a pacificação. Temos que buscar resolver os problemas reais. Nós temos que ter responsabilidade, e nosso papel é de buscar contemporizar, conter radicalismos e extremismos, reafirmar que temos respeito à democracia, ao Estado de Direito”, completou.
O senador ainda falou sobre as linhas democráticas. "Há um linha que não se pode ultrapassar. Essa linha é o Estado Democrático de Direito. Quem não tiver essa disposição de buscar soluções a problemas do Brasil, no futuro vai ser tratado como traidor da pátria", afirmou
Indulto
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou na noite da última quarta-feira (20) o deputado. A pena consiste em prisão em regime fechado e pagamento de multa.
O deputado federal era investigado na Corte por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições democráticas. Silveira ainda descumpriu ordens determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal e fez apologia a atos antidemocráticos.
Além da pena de oito anos e nove meses, os ministros decidiram pela prisão em regime fechado e pagamento de multa de cerca de R$192 mil. Os magistrados também votaram para cassar o mandato do deputado federal.
Em menos de 24 horas após a condenação no STF, devido a ameaças aos ministros do Supremo e à própria corte, o presidente Jair Bolsonaro concedeu graça constitucional ao deputado Daniel Silveira. A decisão de Bolsonaro gerou atrito entre o Executivo e o Judiciário.
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