Conselho de Ética vai investigar Eduardo Bolsonaro por ataques a Miriam Leitão
O deputado ironizou a tortura sofrida pela jornalista no período da ditadura militar
04/05/2022 15h05
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu nesta quarta-feira (4) um processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por debochar a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão no período da ditadura militar.
No dia 3 de abril, Eduardo Bolsonaro respondeu uma publicação de Miriam Leitão nas redes sociais, onde dizia que o atual presidente é inimigo da democracia, dizendo que tinha pena da cobra.
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Míriam foi presa durante a ditadura militar no Brasil e torturada com tapas, chutes e golpes. Ela também teve de ficar nua em frente a 10 soldados e três agentes de repressão e passar horas trancada em uma sala com uma jiboia —a cobra citada por Eduardo Bolsonaro em uma rede social.
Um pedido de investigação do caso foi aberto pelos partidos PCdoB, Rede, PT e PSOL. As legendas pedem que o parlamentar seja cassado.
No final de abril, o deputado federal voltou a colocar em dúvida a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão no final de abridurante a ditadura militar. O questionamento foi feito durante reunião do Conselho de Ética da Câmara na última quarta-feira (27).
"A Miriam Leitão diz que foi torturada, assim como todas as pessoas que estão nos presídios hoje em dia dizem que foram torturadas. Ela tendo como única prova o depoimento dela, eu tenho que ser obrigado a acreditar na versão dela, eu não posso sequer fazer uma piada", declarou ao parlamentar.
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