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Flickr/Polícia Federal
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A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) aprovou uma série de paralisações para pressionar o governo a promover a reestruturação de carreiras na corporação prometida pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada em uma assembleia na última terça-feira (3).

“A ADPF reforça a gravidade do momento e do posicionamento do presidente da República, que, depois de se comprometer publicamente e já com orçamento reservado para a reestruturação das carreiras, decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF”, diz um trecho da nota divulgada pela ADPF.

Segundo o órgão, as paralisações serão parciais e progressivas, e o calendário de como elas ocorrerão ainda será montado com as demais categorias da Polícia Federal.

A insatisfação da classe começou em janeiro, quando Bolsonaro prometeu que um aumento para policiais federais, agentes penitenciários e rodoviários federais. Porém, o governo anunciou que o aumento será de 5%, abaixo da inflação.

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Os agentes de segurança se sentiram traídos pelo governo, pois esperavam o uso de R$ 1,7 bilhão do orçamento para uma reestruturação da carreira.

Além das paralisações, a ADPF também aprovou o pedido de enúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, "pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro". Torres é delegado da PF.