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Reprodução/ Flickr Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Reprodução/ Flickr Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) comentou nesta quinta-feira (5) sobre o estupro e morte de uma adolescente de 12 anos da comunidade Yanomami. A fala aconteceu durante entrevista ao UOL News.

A pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal disse que lamenta o ocorrido, no entanto, afirmou que casos como esse “acontecem todo dia”.

"Quando acontece casos como esse, as pessoas querem muito que a Damares se manifeste. Mas veja só: fui eu que falei sobre o estupro de crianças, inclusive estupro coletivo de crianças em áreas indígenas até mesmo em forma de ritual. Fui eu que levantei, no Brasil, lá atrás, em forma de debate, sobre a cultura nociva em alguns povos no Brasil", declarou.

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Segundo relatos da comunidade Yanomami, a menina foi abusada por garimpeiros. A denúncia do caso foi realizada por Júnior Hekurari Yanomami, líder indígena e presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana.

“Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar sobre violência sexual contra crianças indígenas. A gente não pode ser pautada por um só caso. Lamento, mas acontece todo dia”, disse.

A ex-ministra ainda afirmou que casos como esse não são isolados e que o país “tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas”.

Segundo Júnior Hekurari em uma rede social, “os garimpeiros a violentaram, estupraram, e isso ocasionou o óbito. O corpo da adolescente está na comunidade”. A menina tinha 12 anos

De acordo com os relatos do líder, o episódio teria ocorrido no final de abril. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) estão investigando o caso em uma ação conjunta.

A Polícia Federal aponta não há indícios de “homicídio e estupro ou de óbito por afogamento”.

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