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Reprodução/Facebook Arthur do Val
Reprodução/Facebook Arthur do Val

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a cassação do mandato do ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil) nesta terça-feira (17). Mesmo ele renunciando ao cargo, os parlamentares não deixaram de votar a perda dos direitos políticos. Ele não poderá se candidatar nos próximos oito anos.

A cassação foi aprovada por todos os 73 deputados que participaram da sessão. Foram 73 votos para sim, 0 para não e 0, abstenção. Para ter o mandato cassado, era preciso 48 votos.

Essa é a primeira cassação de um mandato na Alesp em 23 anos. O último parlamentar que tinha sido cassado foi o ex-deputado Hanna Garib em 1999. Na época, ele foi acusado de fazer parte da chamada "máfia dos fiscais" capital paulista.

Em um áudio vazado, o "Mamãe Falei" afirmou que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL) também protagonizou diversas outras falas sexistas na ocasião.

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Como consequências pela conduta e pelos comentários vulgares, o político já saiu do MBL, do Podemos e desistiu de sua pré-candidatura ao Governo do Estado de São Paulo.

Defesa de Arthur do Val

No início da sessão, o advogado do ex-deputado, Paulo Henrique Franco Bueno, defendeu do Val e comparou o caso dele com a de Fernando Cury, acusado de assédio contra a também deputada Isa Penna. Ele foi suspenso apenas por 180 dias.

O advogado ainda afirmou que as provas foram usadas de maneira ilegal, pois foram vazados sem a autorização do parlamentar.

Ao todo, foram 21 representações contra o parlamentar pedindo sua cassação por quebra de decoro.

Ao abrir mão de seu mandato, Arthur divulgou uma nota dizendo ser vítima de um processo injusto e arbitrário dentro da Alesp.

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“O amplo direito a defesa foi ignorado pelos deputados, que promovem uma perseguição política. Vou renunciar ao meu mandato em respeito aos 500 mil paulistas que votaram em mim, para que não vejam seus votos sendo subjugados pela Assembleia. Mas não pensem que desisti, continuarei lutando pelos meus direitos”, disse.