O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (24) que cabe ao CEO e à diretoria da Petrobras tratar do preço de combustíveis. Perguntado por jornalistas se a reação do mercado à demissão do presidente da Petrobras seria equivocada, Guedes respondeu: "Certamente".
Na noite de segunda-feira (23), o Ministério de Minas e Energia anunciou a demissão de mais um presidente da Petrobras. Após 40 dias no cargo, José Mauro Ferreira Coelho, o terceiro presidente da estatal no governo Jair Bolsonaro, foi dispensado.
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Por conta da nova troca, as ações da Petrobras amanheceram em queda de mais de 11% no pré-mercado de Nova York nesta terça-feira. Para o lugar de José Mauro Coelho, o governo decidiu indicar Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, onde ocupava o cargo de secretário de Desburocratização.
A indicação precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, no qual o governo tem maioria por ser o acionista majoritário da empresa. Os dois presidentes anteriores da Petrobras, Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna, também foram demitidos do cargo.
O presidente Jair Bolsonaro cobrou de todos eles que os preços fossem contidos, chamou de "estupro" o lucro da estatal e pressionou a empresa a não reajustar preços. Mas a Petrobras está submetida, desde 2016, ao critério de paridade internacional, política adotada pelo governo Michel Temer que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal. No entanto, ambos informaram que não poderiam assumir os postos.
Em abril, o governo indicou José Mauro Coelho para assumir o comando da estatal. O executivo assumiu a presidência da Petrobras no dia 14 do mês passado.
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