Profissionais de saúde de hospitais municipais de São Paulo relatam demissões repentinas em massa e a fragilidade do atendimento nas unidades de saúde.
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Os desligamentos dos funcionários começaram há duas semanas no Hospital Municipal da Brasilândia. Ao menos 150 pessoas foram demitidas por conta da diminuição dos leitos de Covid.
"Eu posso dar o exemplo do Hospital de Pirituba, do dia pra noite 300 pessoas não faziam mais parte da equipe e o hospital teve que se reorganizar", diz Luciana Tahan, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo.
Segundo o Sindicato, mais de 500 profissionais contratados nos últimos dois anos de forma emergencial pelas organizações sociais, que administram os hospitais municipais, foram demitidos desde o fim do ano passado.
Em 2021, a prefeitura chegou a comunicar que os hospitais abertos durante a pandemia reforçariam o atendimento geral à população, quando a ocupação de leitos diminuísse.
De acordo com Lili Silva, coordenadora do movimento "A Saúde na Brasilândia pede socorro", com a diminuição dos casos de Covid, o hospital pudesse ser aberto para a população, conforme foi prometido pela gestão municipal, mas isso não ocorreu.
“Afinal, ele foi construído, um dos objetivos é atender a população aqui, que é super carente de pronto-socorro, de pronto atendimento, de hospital, só que isso nunca aconteceu”, declara Lili.
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