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Dia Mundial do Doador de Sangue: Conheça mitos e verdades sobre o processo

Doação de sangue diminuiu ao longo dos anos e essa é uma tendência mundial, indica médica hematologista


14/06/2022 08h00

O Dia Mundial do Doador de Sangue é comemorado nesta terça-feira (14), porém, apesar da data e das divulgações contínuas sobre o assunto, a doação de sangue ao longo dos anos é cada vez menor e muitas pessoas ainda carregam dúvidas sobre o processo.

A situação do estoque de sangue da Fundação Pró-Sangue, por exemplo, com atualização na segunda-feira (13), encontrava-se estável para tipos B+ e AB+, em alerta para A+ e em nível crítico para O+, O-, A-, B- e AB-.

Para a Dra. Fátima Hangai, 64, médica hematologista da instituição pública, a doação de sangue diminuiu ao longo dos anos e esta é uma tendência mundial. “Acho que a pandemia foi um fator que agravou isso, mas já existia uma tendência de diminuição de pessoas que se propõe a doar [sangue]”.

Leia também: Doação de sangue: O que é preciso fazer para doar?

Ao falar sobre possíveis motivos que justifiquem a baixa nos estoques, ela destaca que ainda não existem estudos que revelem os motivos, entretanto, expõe que “se tirarmos questões externas como a pandemia, o período de férias, dias frios ou chuvosos, fins de semana prolongados, período de festas de fim de ano, eu acho que é uma questão de mudança de comportamento”.

Confira a seguir mentiras e verdades sobre o assunto:

Idosos podem doar sangue?

Verdade. Em 2013, o Ministério da Saúde aumentou a idade máxima dos doadores de sangue e atualmente, pessoas com até 69 anos podem participar do processo. “É importante que a pessoa tenha doado ao menos uma vez até os 60 anos de idade e poderá continuar a doar até os 69”.

Doar afina ou engrossa o sangue?

Mentira. Após a doação, o sangue tende a voltar ao normal rapidamente, o que não causa fraqueza ou nenhum tipo de prejuízo à saúde.

Existe um intervalo mínimo entre as doações, para os homens o ideal é que uma nova doação ocorra a partir de oito semanas (quatro vezes anualmente) e para as mulheres em 12 semanas (três vezes ao ano).

Mulheres grávidas ou que estejam amamentando podem doar seu sangue?

Mentira. Lactantes devem aguardar 12 meses após o parto, e no período pós-parto, a mulher pode ser doadora após 90 dias, em casos de parto normal e 180 dias em cesáreas.

Existe risco de contágio de doenças para o doador?

Mentira. Todo o material utilizado é descartável e o processo não promove contato com o sangue de outra pessoa.

“Todo o processo desde o cadastro até a coleta leva em torno de 30 minutos e não há risco nenhum de contaminação, todo o material usado é de uso único e exclusivo de cada doador”, explicou Hangai.

Quem tem piercing e/ou tatuagem não pode doar?

Mentira. Apenas pessoas com piercing na boca ou em regiões genitais não podem doar sangue por serem partes do corpo mais receptivas a infecções. Elas só estão aptas a doar 12 meses após a retirada.

Pessoas que fizeram tatuagem, maquiagem definitiva e outros processos com perfuração da pele devem esperar 12 meses para voltar a doar sangue.

É proibido doar sangue após tomar vacina?

Verdade. É recomendado levar a carteira de vacinação no dia da doação. Vacinas para hepatite B, impedem a doação por 48 horas. Já a vacina da influenza (gripe) impede a doação por quatro semanas.

Homossexuais podem doar sangue?

Verdade. Em 2020, durante a pandemia do novo coronavírus, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a restrição que proibia homossexuais de doarem sangue. A votação considerou discriminatórias as regras da Anvisa e do Ministério de Saúde, que vetavam o ato, tornando-as inconstitucionais.

Apesar da decisão ser vista como uma forma de aumentar a quantidade de doações, Fátima opina que não houve uma percepção de aumento. “O que se mantém é a queda progressiva”.

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