O economista Gustavo Petro foi eleito presidente da Colômbia neste domingo (19) e se tornou o primeiro candidato da esquerda a vencer as eleições presidenciais na história do país. Ele derrotou o candidato Rodolfo Hernández, empresário e ex-prefeito da cidade de Bucaramanga, que surpreendeu no primeiro turno.

Segundo o levantamento do órgão de contagem de votos nacionais, Petro teve 50,49% dos votos, e Hernández, 47,25%. Foram cerca de 22 milhões de votos computados. Vale lembrar que o voto não é obrigatório no país.

Após a divulgação do resultado, o novo presidente colombiano usou as redes sociais para exaltar o resultado da eleição.

"Hoje é um dia de festa para o povo. Que festeje a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam absorvidos pela alegria que hoje inunda o coração da pátria. Essa vitória é para Deus e para o povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e das praças”, escreveu Petro.

Leia também: Número de investigados pelas mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips sobe para oito

Além da conquista de Petro, o pleito se torna ainda mais histórico pela eleição de Francia Márquez como vice-presidente. É a primeira mulher negra eleita para esse cargo na história da Colombia.

Carreira política

Mesmo com a esquerda conquistando a presidência pela primeira vez, Petro já faz parte da vida polícia colombiana há muitos anos.

Em 1991, ele conseguiu seu primeiro cargo público e foi eleito deputado. Porém, recebeu ameaças de morte e precisou deixar o país com a sua família.

Começou a ganhar status político a partir de 2006, quando se elegeu senador com uma votação bastante expressiva. Ganhou ainda mais popularidade ao fazer denúncias de corrupção e revelar vínculos entre políticos e facções criminosas.

Concorreu pela primeira vez à presidência em 2010, mas teve apenas 9% dos votos. Logo em seguida, concorreu a prefeitura de Bogotá, uma das principais cidades do país, e saiu vitorioso.

Leia também: Ministério da Saúde planeja 4ª dose da vacina contra Covid-19 para todos com mais de 18 anos

Tentou a presidência em 2018 novamente, mas foi derrotada por Iván Duque no segundo turno.