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Ministério Público Federal foi contra prisão de Milton Ribeiro

O MPF foi a favor de novas diligências, como quebras de sigilos bancário e telefônico


23/06/2022 14h35

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou sobre a prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) em uma operação que investiga supostas irregularidades na liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC).

O documento é assinado pela procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira, e é datado do dia 14 de junho. O MPF defendeu que Milton Ribeiro fosse proibido de comparecer ao MEC ou ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de deixar o país e ter contato com os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correa.

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"A prisão cautelar, assim como a adoção de medidas cautelares diversas da prisão, tem natureza processual e a dúvida, neste âmbito, milita em prol da sociedade, tendo grande relevo à conveniência da instrução, que deve ser realizada de maneira equilibrada e com necessária lisura na busca da verdade real", afirma.

Segundo a procuradora, há indícios de que uma organização criminosa atuou no MEC.

"Com efeito, as provas colhidas e já documentadas apontam para a prática dos crimes de corrupção ativa, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa, todos em contexto de organização criminosa. Como bem apontado pela autoridade policial, os crimes ora investigados foram praticados no âmbito do Ministério da Educação, ao que tudo indica, com o respaldo do então chefe da pasta -- Milton Ribeiro", pontua Carolina.

Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (22) no litoral de São Paulo. De acordo com a PF, a operação “Acesso Pago” tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao MEC.

No mandado de prisão de Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, cita quatro crimes cometidos pelo ex-ministro: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

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