Nesta sexta-feira (24), o presidente norte-americano, Joe Biden, reprovou com críticas a decisão da Suprema Corte dos EUA de revogar o direito constitucional ao aborto no país. O presidente chamou a decisão de "ideologia extremista" e defendeu que o direito ao aborto seja transformado em lei.
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Joe Biden ainda ressaltou que fará tudo o que estiver a seu alcance para "proteger a saúde das mulheres" e pediu protestos pacíficos.
Com a decisão, cada Estado passa a definir suas próprias regras sobre a interrupção legal da gravidez. Sendo assim, 25 estados norte-americanos podem banir imediatamente o acesso ao aborto legal, enquanto outros 22 podem continuar assegurando o direito. Mississippi, Texas, Arizona, Oklahoma e Louisiana, conhecidos redutos conservadores, estão entre aqueles que devem aderir à proibição.
O líder afirmou que “políticos não podem interferir em uma decisão que deve ser feita entre uma mulher e seu médico”, em discurso a favor da manutenção de acesso a medicamentos anticoncepcionais aprovados pelo por especialistas.
"A América volta 150 anos no tempo. As mulheres podem ser punidas por quererem proteger sua própria saúde, ou os médicos serão criminalizados por fazer seu dever de cuidar", declarou Biden em discurso na Suprema Corte.
Roe X Wade: direito a interrupção da gravidez
Roe X Wade foi um dos processos mais emblemáticos julgados pela Suprema Corte nos últimos 50 anos. Sob o argumento do direito constitucional à privacidade, permitiu às mulheres dos Estados Unidos a possibilidade de interromper a gestação até a 24º semana de gravidez. O caso foi usado de forma estratégica pelas advogadas, que discordavam do tratamento dado aos direitos reprodutivos no Texas. Quando chegou na Suprema Corte, houve entendimento favorável à interrupção da gravidez por sete votos a favor, com dois contra.
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