“A valorização da representatividade feminina não se dá exclusivamente pela posição de vice", Tarcísio de Freitas

O Roda Viva entrevista, nesta segunda-feira (27), o pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele é o terceiro convidado da série de entrevistas do programa da TV Cultura com candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.

Em 2019, quando Jair Bolsonaro (PL) assumiu à presidência, Tarcísio de Freitas ganhou um cargo importante no governo, o de ministro da Infraestrutura. Freitas passou a fazer parte do quadro da “ala militar do governo”, além disso, sempre foi visto pelo chefe do Executivo como um “superministro”.

Freitas tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a disputa no maior estado do país. Mesmo com a polêmica em torno do seu domicílio eleitoral, uma vez que nasceu no Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TSE-SP) manteve São Paulo como domicílio do ex-ministro.

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No programa, o pré-candidato é questionado sobre a escolha de Braga Netto como vice de Jair Bolsonaro (PL). Havia uma dúvida se o mandatário escolheria o general ou a ex-ministra Tereza Cristina. Além disso, de Freitas é perguntado sobre a representatividade no seu possível mandato em São Paulo.

Bolsonaro confirmou no último domingo (26) que Walter Braga Netto será o vice de sua chapa nas eleições presidenciais deste ano, que acontecem em outubro. O general foi ministro da Defesa durante sua gestão à frente da Presidência da República.

“Se fosse a Tereza Cristina seria maravilhoso. Mas o Braga Netto também é maravilhoso. O presidente se sente seguro com o Braga Neto”, avalia.

“No meu ministério a gente trabalhou muito com mulheres. É sempre uma oportunidade [ter uma mulher como vice], no entanto, tem a questão de arranjos partidários, do fechamento com os outros partidos nessa reta final”, afirma o ex-ministro.

Apesar de afirmar que pretende ter mulheres nas secretarias, o pré-candidato não se compromete com o percentual do gênero no governo.

“A valorização da representatividade feminina não se dá exclusivamente pela posição de vice. Quando eu falo na questão partidária, falo sobre a posição de vice, que está aberta na chapa. Com certeza vamos ver uma participação forte das mulheres na chapa”, afirma

“Se comprometer com percentual não é assim que funciona. Eu vou buscar os talentos femininos, as mulheres mostraram talento na minha gestão, no Ministério da Infraestrutura. Não vai ser diferente aqui. A gente percebe capricho, profissionalismo, preparo técnico, eu vou ter uma secretaria com mulheres”, argumenta.

O ex-ministro ainda falou sobre a representatividade racial e de pessoas LGBTQIA+ no primeiro escalão do governo:

“Desde que eu tenha os perfis adequados seria muito bem-vindo. Eu adoraria. Pretendo, sim. Mas é muito difícil se comprometer com metas. A gente avança com oportunidades, combatendo o racismo estrutural, desde a base, para que essas pessoas possam chegar em posição de destaque”, completa.

Tarcísio Freitas é o terceiro pré-candidato ao governo de São Paulo a participar do Roda Viva; veja como foi:

O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.