Para a maioria dos brasileiros, educação sexual deve ser um assunto dentro da sala de aula. Pesquisa DataFolha publicada neste domingo (3) revela que 73% da população acredita que o tema deve ser abordado nas escolas. Além disso, 9 entre 10 pessoas concordam que discutir o assunto pode ajudar crianças e adolescentes a se prevenirem contra o abuso sexual.
Os dados vão numa direção contrário do que o Presidente Jair Bolsonaro (PL) e parte de seus apoiadores dizem sobre o assunto.
Nos últimos anos, políticos conservadores trabalharam para esses assuntos não chegassem nas escolas. Os termos orientação sexual e gênero foram retirados pelo Ministério da Educação do documento final da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) em 2017. Ricardo Vélez, Abraham Weintraub e Milton Ribeiro, os três últimos chefes do MEC, criticaram a educação sexual e a tentativa de "ensinar ideologia de gênero".
O assunto voltou a ganhar holofote após o caso de uma criança de 11 anos vítima de estupro vir a público.
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Ainda de acordo com a pesquisa, o brasileiro acha que a educação sexual deve acontecer a partir dos 12 anos de idade.
Segundo o próprio BNCC, esse assunto deve ser apresentado para alunos do ensino fundamental até o ensino médio. A principal justificativa é para ajudar o aluno a entender as mudanças que fazem parte da adolescência e a tomar decisões que respeitem o seu corpo e o do outro.
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