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Senador diz que recebeu R$ 50 milhões em emendas por apoiar eleição de Rodrigo Pacheco

A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo


08/07/2022 14h51

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" que recebeu R$ 50 milhões em emendas parlamentares como gesto de "gratidão" por ter apoiado a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 2021.

Em entrevista ao jornal, do Val explicou como funcionou o esquema das emendas parlamentares, que também são conhecidas como orçamento secreto.

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“O Rodrigo Pacheco falou para mim assim: “Olha, Marcos, nós vamos fazer o seguinte: os líderes vão receber tanto, os líderes de bancada tanto, essa foi a nossa divisão”. E ele me passou isso porque eu fui um dos que ajudei ele (sic) a ser eleito presidente do Senado. E aí eu falei: “Pô, legal, está transparente e tal”. Aí ele falou: “Olha, se a gente conseguir mais uma gordura, eu direciono para você”. Não foi uma coisa (do tipo): “Mas eu preciso que você me apoie”, contou

Segundo informações do jornal, do Val disse que foi informado pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) que receberia R$ 50 milhões em emendas, o mesmo que líderes partidários. Alcolumbre afirmou que era uma forma de demonstração de gratidão pelo apoio a Pacheco.

"Eu não sei qual é a conversa que ele [Pacheco] teve em valores com os outros. Para mim, quem me ligou dizendo foi até o Davi , não foi nem o Rodrigo. E aí [foi] com o Davi que eu perguntei. Eu achei até muito para eu encaminhar para o estado [Espírito Santo], mas como [é] questão de saúde, eu não vou negar. Eu perguntei: 'Mas teve algum critério?' Ele só falou: 'Aquele critério que o Rodrigo falou para vocês lá no início'. 'Ah, tá, entendi.' Mas ele falou: 'Só que o Rodrigo te colocou no critério como se você fosse um líder, pela gratidão de você ter ajudado a campanha dele a presidente do Senado'. Eu falei: 'Poxa, obrigado, não vou negar e vou indicar”, completou Marcos do Val.

Após a divulgação da entrevista, do Val disse que foi mal interpretado.

“Só posso acreditar que fui mal interpretado quando concedi uma entrevista por telefone. Jamais houve qualquer tipo de negociação política para a eleição do presidente Rodrigo Pacheco que envolvesse recursos orçamentários. Afirmo com toda certeza que jamais aconteceu”, afirmou em nota.

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