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Montagem TV Cultura

A Cracolândia é um assunto recorrente entre os políticos de São Paulo, a pauta envolve segurança pública e saúde. Neste ano, as ruas próximas à Estação Júlio Prestes da CPTM, no centro da cidade, na região conhecida como Cracolândia, estão vazias. Desde março, os frequentadores do local se dispersaram. Hoje, há uma grande concentração na Praça Princesa Isabel, cerca de 400 metros do antigo endereço.

Os usuários de drogas e traficantes passaram a se concentrar em diversas regiões do centro da cidade, o que dificultou o trabalho das autoridades e agentes de segurança pública.

Em 11 de maio, a polícia fez mais uma operação na Praça Princesa Isabel. A ação dispersou os usuários por diversas áreas do Centro da capital. Dois dias depois, parte dos usuários voltou para a Helvétia, região do Campos Elíseos, e o restante continuou em outros pontos do Central.

Membros do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade, ligado à USP (LabCidade) têm percorrido a região O trabalho possibilitou o mapeamento dos pontos de concentração de dependentes químicos.

Após a ação da polícia na Praça Princesa Isabel, ao menos 16 pontos do centro de São Paulo foram ocupados por usuários de drogas ao longo dos dois últimos meses.

Segundo o levantamento, a rua dos Gusmões, na esquina com a avenida Rio Branco, na Santa Ifigênia, é o local com o maior número de pessoas. Foram contabilizadas mais de 400 pessoas nos últimos 15 dias. O mapeamento foi divulgado na última segunda (11).

Em 2021, 596 pessoas circularam, em média, na Cracolândia. O número é maior do que o registrado em 2019 e 2020. Os dados da Prefeitura de São Paulo.

O mês de setembro de 2021 foi o mais movimentado na região desde novembro de 2019, com média de 713 pessoas na Cracolândia. Os dados são do Programa Dronepol, que faz o mapeamento aéreo da região.

Entre janeiro e novembro de 2020, a média foi de 486 pessoas. Entre janeiro e novembro de 2019, 526 pessoas.

Confira o que os pré-candidatos falaram sobre a Cracolândia:

Fernando Haddad (PT):

Haddad relembrou o programa “Braços Abertos”, colocado em ação em seu mandato na prefeitura, e diz que pretende fazer algo na mesma linha caso seja eleito.

“O programa tinha três “T”, que estruturavam: teto, porque sem uma habitação a pessoa não se recupera, tratamento, vinculado ao centro de apoio psicossocial contra álcool e drogas, e trabalho, mesmo que seja um trabalho de uma hora por dia, é importante para começar a se recuperar”, explica.

O pré-candidato ao governo lembrou que o projeto foi muito bem avaliado por uma auditoria externa e revelou que dois terços das pessoas atendidas pelo programa reduziram o consumo de drogas. Porém, não foi dada continuidade após o fim do seu mandato.

“Começaram a estigmatizar o programa e muitos críticos não trataram as pessoas da Cracolândia como seres humanos. Então, o programa acabou e a população se quadruplicou. Foi um grande erro acabar com ele”, lamentou.

Seguindo o tema, Haddad disse que o poder municipal não consegue agir sozinho na Cracolândia.

“A prefeitura não tem força de segurança pública. Então a prefeitura precisa do apoio da polícia civil e, eventualmente, da polícia militar para o programa dar certo. É preciso separar o usuário, para acolhê-lo, daqueles que querem minar o programa, pois vão perder público consumidor”, concluiu.

Tarcísio de Freitas (Republicanos):

“Me preocupa muito a situação dos moradores em situação de rua. É uma situação super complexa. Me preocupa a situação da Cracolândia, é complexa a medida em que ela demanda a integração de várias políticas públicas. A gente está falando de acolhimento, de assistência e desenvolvimento social. A gente tá falando de saúde, porque eu preciso fazer o tratamento do dependente químico, e também tem a questão da habitação”, disse.

Rodrigo Garcia (PSDB):

“Eu quero convidar o Ministério Público para ver a última das últimas prisões que a policial civil fez. Prenderam traficantes que vivem explorando a dependência química da Cracolândia. Nós saímos dos pequenos distribuidores de drogas para chegar no topo da cadeira”, falou.

“A Cracolândia é um problema de São Paulo, do Brasil e do Mundo. Se for em Londres, se for em Nova York, você vai encontrar Cracolândia no mundo inteiro. É importante como lidar com essa realidade. Na minha opinião é polícia para traficantes, e tratamento químico para dependentes. Existe um esforço muito grande da prefeitura sobre o tema”, afirmou.

“É persistência. Eu convidei o prefeito Ricardo Nunes e ele esteve comigo em uma das comunidades terapêuticas, em Guaratinguetá, para contratarmos mais vagas nas comunidades. Quando tem operação policial e dispersa os dependentes químicos, eles não se sentem mais tão confortáveis e protegidos se estivessem aglomerados. Isso faz com que eles procurem tratamento. Tivemos aumento na procura de tratamentos”, ressaltou.

Nas últimas semanas, o Roda Viva recebeu os pré-candidatos ao governo de São Paulo. Fernando Haddad (PT); Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB).

A pesquisa RealTime Big Data divulgada nesta segunda-feira (11) mostra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) na liderança, com 34% das intenções de voto para governador de São Paulo.

Em seguida aparecem: o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 20%, e o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 16%, estão em empate técnico no segundo lugar.

O deputado federal Vinicius Poit (Novo) apareceu com 2% das intenções de voto. O ex-ministro Abraham Weintraub (PMB) e o ex-prefeito de Santana de Parnaíba Elvis Cezar (PDT) tiveram 1% cada um. Votos nulos ou brancos somam 15%. Os indecisos representam 11%.