Vacinação infantil tem a maior queda mundial em 30 anos, diz OMS
A pandemia e os conflitos estão entre as causas, segundo dados da OMS e Unicef após levantamento em 177 países
15/07/2022 10h12
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo está vivendo o pior retrocesso da vacinação infantil em 30 anos, pelo menos 25 milhões de crianças no mundo não foram vacinadas em 2021 contra doenças como difteria, tétano e coqueluche e provocado em parte pela pandemia de coronavírus.
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Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), após levantamentos em 177 países.
Em comunicado, as entidades expressaram preocupação e alertaram que esse retrocesso na vacinação ocorre simultaneamente ao aumento das taxas de desnutrição.
"A convergência de uma crise de fome com uma crescente lacuna de imunização ameaça criar as condições para uma crise de sobrevivência infantil", alertam as entidades.
De acordo com a OMS e o Unicef, a percentagem de crianças que receberam três doses da vacina tríplice contra difteria, tétano e coqueluche, "um marcador para a cobertura vacinal nos países", caiu 5 pontos percentuais, para 81%, de 2019 a 2021.
As duas organizações ressaltam que essa queda pode ser atribuída a diversos fatores. Eles incluem um número crescente de crianças vivendo em ambientes de conflito e de infraestrutura fragilizada, onde o acesso à imunização é muitas vezes difícil.
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