Apesar da disseminação da varíola dos macacos não ser tão agressiva quanto a Covid-19, médicos brasileiros já ligaram o sinal de alerta para a doença. Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou 351 casos no país.
"A doença em si não é uma doença grave, é uma doença muito chata, estigmatizada, porque você pode ter lesões na face, no corpo, então você demostra que está infectado. Porém, se esse vírus começa a atingir gestantes, crianças, isso pode sim se tornar casos mais graves e de transmissão de mãe pra recém nascido”, alertou a infectologista Rosana Ricthmann.
A maioria dos casos confirmados no país estão concentrados no estado de São Paulo. Dos 351 infectados, 240 estão na metrópole paulista.
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A transmissão da doença acontece por meio de contato físico, sexual ou com objetos contaminados. O público mais atingido são homens que possuem relações sexuais com outros homens. Especialistas pedem para não estigmatizarem a doença.
"Essa é a população que tem demonstrado maior número de casos, mas isso em absoluto significa que vai ficar restringido a essa população. Por isso que é fundamental a gente alertar toda a população, de uma maneira geral, no sentido de cuidados.
Vale lembrar que já existem vacinas para combater a monkeypox, porém, a produção ainda é baixa e a matéria prima não está disponível no Brasil. Por isso, a melhor forma de prevenção é informação e atenção aos sintomas.
"A estratégia é você tomar cuidado, especialmente no contato sexual, contato com pessoas que estão com sintomas dessa doença, pra tentar fazer o diagnóstico precoce, fazer o isolamento… o isolamento é importante porque quando você isola você barra a cadeia de transmissão”, explicou o infectologista Álvaro Furtado da Costa.
Além do Brasil, outros 44 países registraram casos da varíola dos macacos. E o primeiro caso do ano foi confirmado no início de maio, no Reino Unido.
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