Após agenda com embaixadores, Ciro Gomes diz que “Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade”
Presidente da República colocou em dúvida, de novo, o sistema eleitoral
18/07/2022 21h05
O pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Ciro Gomes (PDT), também criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (18). Segundo o ex-governador do Ceará, o mandatário “cometeu vários crimes de responsabilidade e ‘temos’ que buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo”.
Ciro disse que um impeachment seria necessário, mas que seria difícil por causa da presença de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados.
“Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e temos que buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo. Sei que se trata de uma tarefa delicada porque temos uma figura como Arthur Lira na presidência da Câmara, a quem caberia dar andamento a um pedido de impeachment”, escreveu.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e colocar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. A declaração aconteceu durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países na tarde desta segunda.
“Nós queremos, obviamente, estamos lutando, para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade”, disse.
Os argumentos apresentados pelo presidente já foram desmentidos por órgãos oficiais, principalmente pelo TSE, que já atestou a segurança das eleições e do sistema eleitoral.
Segundo Ciro Gomes, “nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral”.
Simone Tebet, pré-candidata à presidência, também criticou as declarações de Bolsonaro. Em comunicado à imprensa, Tebet afirmou que o chefe do Executivo possui uma “coleção” de ataques à democracia.
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