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Carta da USP em defesa da democracia já reúne mais de 300 mil assinaturas

12 ex-ministros do STF e personalidades como Djamila Ribeiro, Júlio Lancellotti e mais assinaram o documento


28/07/2022 15h43

Em menos de dois dias, a carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, divulgada pela Faculdade de Direito da USP, já reúne mais de 300 mil assinaturas, informaram os organizadores.

A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" e a lista com os nomes foram divulgadas na terça-feira (26) no site da universidade.

Uma versão em inglês deve ser lançada ainda nesta quinta-feira (28), já que os Estados Unidos, depois do Brasil, são o segundo país com o maior número de acessos, seguido por Portugal, Reino Unido e Alemanha.

A carta foi lançada depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

Além de personalidades como Chico Buarque, Roberto Setúbal, Ellen Gracie, o movimento recebeu nas últimas horas um engajamento de nomes como: a escritora e presidente interina da ABL Nélida Piñon, da atriz Fernanda Montenegro. 

No total, 12 ex-ministros do STF assinaram o documento. As cantoras Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia e o cantor Frejat também fizeram parte. Além dos atores Antonio Calloni e Bruno Gagliasso, do cineasta Fernando Meirelles, dos escritores Luís Fernando Veríssimo, Martha Medeiros e Djamila Ribeiro, dos historiadores Eduardo Bueno e Lilia Schwarcz, entre outros. 

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A carta diz que recentes "ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira".

Um trecho afirma que "neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos. Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições", diz a nota. 

Estavam entre os famosos, as assinaturas de Arnaldo Antunes, as atrizes Debora Bloch e Alessandra Negrini, os ex-jogadores de futebol Walter Casagrande e Raí, o cineasta João Moreira Salles e padre Júlio Lancellotti, que atua na defesa da população de rua em São Paulo.

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