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Após protestos, Marinha suspende bombardeio em ilha no arquipélago de Alcatrazes

Por se tratar do período reprodutivo de aves migratórias e de migração de baleias pela região, a notícia causou uma imediata repercussão na sociedade civil


10/08/2022 09h32

Na última semana, a Marinha do Brasil havia agendado um exercício de tiros na Ilha Sapata, que faz parte da zona de amortecimento do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, no litoral norte paulista, para os dias 16 e 17 de agosto.

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A notícia causou uma imediata repercussão na sociedade civil e no próprio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que gerencia as áreas protegidas do Núcleo de Gestão Integrada Alcatrazes, por se tratar do período reprodutivo de aves migratórias e de migração de baleias pela região do arquipélago.

O alerta sobre os possíveis impactos do exercício militar na fauna silvestre de Alcatrazes, para além apenas da ilha Sapata, fizeram a Marinha suspender a ação.

A data inicialmente agendada pela Marinha estava fora do período acordado através de Termo de Compromisso com o ICMBio para realização dos exercícios militares, que devem ser feitos entre novembro e abril.

A prática é restrita à Ilha Sapata e um quilômetro do mar no seu entorno, como parte de acordo firmado entre os órgão militar e ambiental para criação do Refúgio e por isso foi deixada de fora do traçado da unidade de conservação (UC) marinha.

A ilha de Alcatrazes, principal ilha do arquipélago, foi utilizada como alvo para treinamentos de tiro até 2013, quando foi substituída pela ilha Sapata.

No acordo costurado com a Marinha para criação da unidade de conservação, foi decidido que a ilha ficaria de fora do traçado do refúgio justamente para que o órgão militar fizesse seus treinamentos lá, e não nas demais ilhas do arquipélago, hoje protegidas.

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