O Ártico está aquecendo mais rápido do que os cientistas esperavam: cerca de quatro vezes mais quando comparado com a média global de temperatura nos últimos 43 anos.
Isso é o que mostra um artigo publicado nesta quinta-feira (11) na revista científica Communications Earth & Environment, do grupo Nature.
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Segundo os autores do estudo, esse aquecimento acelerado do Ártico sugere que a região é mais sensível ao aquecimento global do que as estimativas atuais mostram, tendo em vista que os dados divulgados diferem das simulações relatadas em diversos estudos anteriores, que afirmavam que a região está aquecendo duas ou até três vezes mais rápido que o resto do globo terrestre.
Os cientistas afirmam que há duas principais hipóteses que sustentam essa nova revisão: a primeira é que estimativas anteriores podem estar desatualizadas devido ao aquecimento contínuo da região ártica, e a segunda é que essa avaliação tem sido afetada tanto pela forma como o Ártico é delimitado geograficamente como pela escolha de duração do período sobre o qual a taxa de aquecimento é calculada.
Ainda segundo os cientistas, essa incapacidade dos atuais modelos climáticos de simular uma amplificação do Ártico realista pode ter implicações para futuras projeções climáticas. Por isso, os autores defendem investigações mais detalhadas sobre os mecanismos por trás desse processo e sua representação em modelos do tipo.
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