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PF diz ao STF que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar vacina da Covid com Aids

Durante live em outubro de 2021, presidente mencionou uma mensagem falsa sobre a vacina; PF afirma que Bolsonaro estimulou as pessoas não adotarem medidas sanitárias


17/08/2022 21h35

A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu incitação ao crime quando associou, durante uma live em suas redes sociais em outubro de 2021, a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids.

No documento enviado ao STF, a PF explicou que conduta de Bolsonaro levou os muitos espectadores da live a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo. No caso, tomar a vacina contra a Covid-19.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e outras autoridades de saúde de outros países já explicaram que o imunizante contra o coronavírus não causa a doença. Pelo contrário, ele evita a contaminação.

A delegada Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, pediu autorização à Corte para indiciar o presidente e o tenente Mauro Cid, que ajudou a produzir o material exibido na live.

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Segundo o Código Penal, incitação ao crime é conduta ilegal que pode dar prisão de três a seis meses.

Declaração de Bolsonaro

Em uma transmissão ao vivo, Bolsonaro mencionou uma mensagem falsa que diz que "uma comparação de relatórios oficiais do governo sugere que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto".

“Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”, disse o presidente. A publicação é de um site que propaga 'fake news' e teorias da conspiração.

A live Bolsonaro não está mais disponível nas contas do presidente no Facebook e no Instagram.

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