O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, disse nesta terça-feira (23) que foi “tratado como bandido” durante operação da Polícia Federal (PF). A corporação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários bolsonaristas em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Os empresários são alvos da operação por enviarem mensagens que estimulariam um suposto golpe de Estado em um grupo do WhatsApp.
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“Fui tratado novamente como um bandido! Estava trabalhando, às 6h da manhã, na minha empresa, quando a Polícia Federal chegou, claramente constrangidos. Uma matéria fora de contexto e irresponsável me colocou nessa situação”, escreveu em uma rede social.
A operação foi uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além da busca e apreensão, o magistrado determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como o bloqueio das contas dos envolvidos nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa [...]. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião”, continuou.
Além de Hang, outros sete nomes estão sendo investigados: José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Afrânio Barreira, proprietário do Coco Bambu; Marco Aurélio Raymundo, o 'Morongo', da Mormaii; Ivan Wrobel, sócio da W3 Engenharia; José Isaque Peres, empresário e economista; Luiz André Tissot, da Sierra Móveis e Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa.
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