Durante entrevista do Jornal Nacional, da Rede Globo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o orçamento secreto.
O orçamento secreto é um dos nomes designados às emendas do relator, cujo código técnico é RP-9. A emenda repassa um valor a deputados e senadores escolhidos como relator-geral do orçamento a cada ano.
“O Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. O Bolsonaro sequer cuida do orçamento. O orçamento quem cuida é o Lira. Ele que libera verba. O ministro liga para ele, não liga para o Presidente da República. Isso nunca aconteceu desde a Proclamação da República”,disse Lula.
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Os parlamentares reservaram cerca de R$16,5 bilhões do montante para 2022. R$ 19 bilhões foram destinados para emendas do orçamento secreto em 2023.
Lula respondeu como vai convencer o Congresso a abrir mão do mecanismo.
“Conversando com eles. Hoje, os deputados não conversam mais. Tem deputado liberando 200 milhões, 150 milhões, 100 milhões. Isso é um escárnio. Isso não é democracia. Essas coisas, pode ficar certa, pode ficar certa, que nós vamos resolver”, afirmou.
“Nós vamos resolver conversando com os deputados. E eu espero que a sociedade brasileira aprenda nessas eleições uma lição muito grande: o Congresso Nacional é o resultado da sua consciência política no dia das eleições. Então, quando você for votar, sabe, você coloca esperança, coloca otimismo, e não coloca rancor na urna, porque não dá certo, completou.
Questionado sobre o escândalo do mensalão, o candidato rebateu: "Você acha que o mensalão que tanto se falou é mais grave do que o orçamento secreto?".
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