Paulo Guedes sugere prorrogar Auxílio Brasil de R$ 600 para 2023
Estado de calamidade foi a saída encontrada pelo governo para criar um pacote de benefícios em ano eleitoral
01/09/2022 16h16
Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira (1º) que, para garantir a manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$600 em 2023, o Governo Federal pode optar por prorrogar o estado de emergência que está em vigor.
A aprovação do estado de emergência, decorrente da "elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes", foi a saída encontrada pelo Congresso Nacional para criar uma série de benefícios em ano eleitoral, o que é proibido pela lei.
O Auxílio Brasil tem sido tema recorrente da campanha eleitoral e candidatos à presidência têm prometido manter o benefício em R$600 no ano que vem. Além da criação de benefícios para caminhoneiros e taxistas, a medida permitiu aumentar o programa de R$400 para R$600 mensais. Essas medidas valeriam apenas até o fim de 2022. Porém, há um apontado feito por especialistas sobre as dificuldades orçamentárias para manutenção do projeto.
A proposta de novo orçamento para 2023 prevê um benefício médio de R$ 405. O presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, tem afirmado constantemente que manterá o valor em R$600.
Em evento no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, Guedes afirmou que a prorrogação do estado de emergência para 2023 seria uma "solução temporária".
"Então é evidente que vamos pagar. Tem uma situação temporária, se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade e paga os R$600. Agora se acabou a guerra e precisa de uma solução estrutural permanente. Ora, a Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos", declarou o ministro da Economia após evento.
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O ministro também comentou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, que registrou uma expansão de 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2022.
Segundo ele, o bom resultado foi obtido apesar do da oposição referindo-se ao ciclo de alta de juros promovido pelo Banco Central para tentar conter a escalada da inflação.
Atualmente, a taxa básica da economia está em 13,75% ao ano, o maior patamar em seis anos.
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