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Erika Hilton apresenta notícia-crime à PGR contra Damares Alves

Ex-ministra relatou supostos crimes de tráfico e abuso sexual de crianças no Pará


11/10/2022 15h02

A deputada eleita Erika Hilton (Psol-SP) apresentou uma notícia crime contra a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) na Procuradoria-Geral da República (PGR). Erika quer que a ex-ministra seja investigada por eventual crime de prevaricação e por propagação de informação falsa com fins eleitorais.

No último sábado (8), sem provas, Damares relatou a ocorrência de supostos crimes de abuso sexual na Ilha de Marajó. A ex-ministra afirmou que crianças do arquipélago estavam sendo traficadas para outros países com objetivo de serem exploradas sexualmente.

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“Nós temos imagens de crianças nossas brasileiras com 4 anos, 3 anos, que quando cruzam as fronteiras sequestradas, os seus dentinhos são arrancados pra elas não morderem no momento do sexo oral. Descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, afirmou a ex-ministra.

Segundo a vereadora, Damares tinha como dever denunciar os crimes a autoridades competentes.

“E na condição de Ministra de Estado, ciente de fatos de tamanha gravidade, cabia à requerida: a adoção de providências consistentes na retirada imediata das crianças citadas da situação de vulnerabilidade, com o devido acolhimento e encaminhamento destas a tratamento médico, psicológico/psiquiátrico, social, dentre outros; a comunicação dos fatos à autoridade policial competente. Essas seriam as ações mínimas a serem adotadas por agente de Estado investida na função de Ministra e não a de deixar o Ministério para concorrer a uma das cadeiras do Senado Federal, sem nada fazer a respeito, e se utilizar dos fatos para fins eleitoreiros, em patente campanha para o candidato à reeleição à Presidência da República”, diz o ofício.

A notícia-crime aponta ainda que a declaração pode ter sido usada para “ludibriar o eleitorado com vistas a desviar votos para a candidatura de Jair Bolsonaro”.

O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) enviou um ofício ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) pedindo informações sobre os casos citados por Damares.

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