O relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), tem encontro nesta quinta-feira (3) com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) e outros parlamentares do PT e com o vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (coordenador da equipe de transição), para discutir adequações no projeto orçamentário.
As informações são da Agência Câmara de Notícias. Dias foi designado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para fazer negociações que possam tornar o texto mais próximo das promessas feitas em campanha.
Entre as promessas está a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, a correção da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil e o aumento real do salário mínimo.
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Vice-líder do atual governo no Congresso, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) sinalizou para uma abertura das negociações. “Temos aí represadas diversas despesas que precisam encontrar as receitas respectivas e que não existem hoje no Orçamento. Essas discussões e, principalmente, a aprovação da PLOA, que é a lei orçamentária para o próximo exercício, têm que ser iniciadas porque nós estamos a dois meses do final do exercício", disse.
Para Cajado, o governo que se instala a partir de janeiro precisa estar com o Orçamento votado, para ter condições de exercer tudo o que prometeu na campanha já a partir do início do ano. Ele citou, entre as carências orçamentárias, o reajuste de salários dos servidores públicos.
Na sessão da Câmara desta terça-feira (1º), a deputada Adriana Ventura (SP), vice-líder do Novo, pediu que o presidente eleito não acabe com o teto de gastos. "Ouvi dizer que dez ministérios serão criados. Isso realmente me traz muita preocupação. De novo, haveria um monte de cabide de empregos, loteamento do governo, um 'toma lá, dá cá' sem fim. Quem paga é o brasileiro, que não tem serviço bom na ponta, que não tem saúde, que não tem educação, e fica pagando essas negociatas, esses conchavos", disse Adriana Ventura.
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