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Entidades ligadas à proteção do meio ambiente solicitam que o Tribunal Penal Internacional investigue crimes cometidos na Amazônia contra comunidades vulneráveis.

A solicitação será oficialmente apresentada nesta quarta-feira (9) pelo Greenpeace Brasil, observatório do clima e Clima Counsel, com o apoio de outras instituições. As acusações são de que crimes em massa contra a humanidade foram cometidos no Brasil na última década contra usuários e defensores de terras rurais indígenas e comunidades tradicionais.

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Em 10 anos, foram mais de 400 assassinatos, cerca de 500 tentativas de homicídio e mais de 100 mil expulsões ou despejos. O relatório das entidades aponta que os crimes causaram danos graves ao meio ambiente, além do aumento da desapropriação e da exploração da terra e de recursos naturais.

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Segundo o grupo, os autores dos crimes seriam de uma rede organizada, que inclui políticos, funcionários públicos e empresários. Para apoiar a solicitação, o grupo criou a plataforma "Brasil: crimes atrozes na Amazônia'', com provas das acusações, fotos, vídeos, relatos de sobreviventes e familiares e imagens e dados de satélite sobre desmatamentos e incêndios florestais na região.

De acordo com a plataforma, na última década, foram mais de 12 mil conflitos relacionados à água ou à terra na Amazônia, mas os crimes se intensificaram durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Agora, o grupo pede a abertura de um inquérito para investigar as acusações de crime contra a humanidade.