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A campanha do Novembro Azul é um alerta para o cuidado da saúde do homem, sobretudo para a prevenção do câncer de próstata.

De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, apenas em 2021 16.055 homens morreram em decorrência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima o surgimento de 65.840 novos casos.

Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, Ludsclay Delmondes Cação, médico especializado em Cirurgia Oncológica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que a próstata é uma glândula e o surgimento do câncer advém da formação de um tumor em sua zona periférica, sendo influenciada por fatores genéticos, idade avançada e por fatores de influência externa, como hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade e intoxicações externas.

Segundo o especialista, o tipo de patologia oncológica mais comum entre os homens são os tumores de pele não melanoma, seguido pelo câncer de próstata. “Normalmente, encontramos a informação de que o câncer de próstata é o tipo mais incidente pois o câncer de pele não melanoma compreende o subtipo mais incidente tanto em homens quanto em mulheres, então, excluindo o câncer de pele não melanoma, na teoria temos o câncer de próstata como o mais comum no sexo masculino”, revela.

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Oncologista e sócio do Instituto Avantgarde, ele expõe que atualmente o público masculino apresenta mais cuidado com a saúde de forma preventiva, cenário que já se acompanha entre as mulheres a mais tempo.

Para ele, essa diferença se justifica devido "à quantidade maior de acesso às informações disponíveis no mundo digital, aos programas relacionados à prevenção de patologias masculinas promovidas por veículos de comunicação e também pela quebra do tabu de que cuidar da saúde de forma preventiva não seria importante”.

Prevenção

Assim como na maioria das doenças neoplásicas, a prevenção pode apresentar um um impacto importante na redução da incidência, ao adotar medidas com o intuito de reduzir ou reverter fatores modificáveis relacionados a esta doença, como por exemplo, melhorar padrões alimentares, reduzir consumo de produtos processados e industrializados, evitar o tabagismo, sedentarismo e por consequente a obesidade.

“A descoberta mais tardia, assim como qualquer tipo de câncer, com certeza pode significar um prognóstico mais sombrio, com tratamentos mais agressivos e tóxicos ao organismo, e por vezes mais mutiladores”, destaca Ludsclay.

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Descoberta da doença

O especialista informa que, no início, os sinais e sintomas não costumam estar presentes, fato que aumenta ainda mais a importância da realização ao menos anual dos exames laboratoriais com parâmetros do PSA associado ao toque retal a partir dos 40 anos.

Entretanto, em fases mais avançadas, podem surgir sinais e sintomas como o sangramento na urina ou no líquido ejaculatório, dor lombar, vontade de urinar de forma mais frequente e disfunção erétil.