O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi novamente abordado nesta terça-feira (15) por outro apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto caminhava em Nova York, nos Estados Unidos.
O pergunta a Barroso durante a entrada no local de um evento: "O senhor vai responder às Forças Armadas? Vai deixar o código fonte ser exposto? Brasil precisa dessa resposta ministro, com todo respeito". O ministro responde: "Perdeu, mané, não amola".
É a segunda vez que o ministro é abordado por bolsonaristas. Além de Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski também foram xingados e hostilizados por apoiadores de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. Os ministros participaram do evento Lide Brazil Conference, em Nova York, que reúne ainda políticos brasileiros.
A presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber, repudiou os ataques sofridos por ministros da Corte
“O Supremo Tribunal Federal repudia os ataques sofridos por ministros da Corte, em Nova Iorque. A democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, mostra-se absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão”, escreveu Rosa Weber.
No último domingo (13), manifestantes hostilizaram os ministros. Em imagens divulgadas nas redes sociais, pessoas gritam e xingam os magistrados quando eles saem do hotel pela porta principal para entrar em uma van.
Moraes se manifestou na noite da segunda sobre os ataques. “O povo se manifestou livremente e a Democracia venceu!!! O Brasil merece paz, serenidade, desenvolvimento e igualdade social. E os extremistas antidemocráticos merecem e terão a aplicação da lei penal”, afirmou.
Na última semana, o Ministério da Defesa divulgou o relatório das Forças Armadas sobre as eleições e o sistema eletrônico de votação. O documento afirma que não foram encontradas irregularidades no processo eleitoral, além disso, os boletins de urna impressos chegaram no mesmo resultado em comparação com os dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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