O Roda Viva entrevista o jornalista, escritor e político Fernando Gabeira, nesta segunda-feira (5).

Na política, ele concorreu à Presidência da República e foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos. Atualmente, está de volta ao jornalismo e analisa a transição de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em pergunta feita pela jornalista Carla Vilhena, o escritor responde sobre o movimento do fechamento de rodovias por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). 

"Você disse na época que achava, sinceramente, que o caminho para o Brasil era um caminho pacífico. Hoje, chegamos a um ponto em que você continua trazendo essa mensagem (...) Mas, vemos cada vez mais o país dividido em dois lados, e um não escuta o outro. O que você acha que pode quebrar isso?", pergunta a repórter. 

"Eu acho que vivemos uma conjuntura, analisando pelo lado 'perdedor', que é expressa através de movimento de massas. Alguns [movimentos] são pacíficos, embora com conteúdo ilegal — já que a proposta é o golpe – e outros, violentos, com bloqueio de estradas e queima de caminhões", comenta o jornalista e continua dizendo que, "um movimento de massas tem fluxos e refluxos que o fazem declinar, um deles é a Copa do Mundo, e o outro são as festas natalinas", responde Gabeira. 

O escritor enfatiza que sua fala é dada pela experiência histórica com movimentos, "as pessoas estavam tão movidas pelo espírito natalino que ignoravam completamente nossos apelos", diz Gabeira sobre a onda de protestos do Movimento Estudantil contra o AI-5, em 13 de dezembro de 1968. 

Participam da bancada de entrevistadores Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo, Dora Kramer, analista política e comentarista da BandNews FM, a psicanalista e colunista da Folha de S.Paulo Vera Iaconelli, a jornalista Carla Vilhena, e Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio Braziliense e do Estado de Minas.

Com apresentação de Vera Magalhães, o programa irá ao ar às 22h, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.

Assista ao programa na íntegra: