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Bolsonaro quebra silêncio e diz que “nada está perdido”

O presidente conversou com apoiadores pela primeira vez após a eleição


09/12/2022 18h58

O presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou na tarde desta sexta-feira (9) com apoiadores que estavam no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo. A fala aconteceu logo após o jogo do Brasil contra a Croácia.

Bolsonaro não falava diretamente com os seus apoiadores por cerca de 40 dias. Desde o resultado das eleições, no qual o atual presidente saiu derrotado, ele não fez muitas aparições públicas e pouco se comunicou com os bolsonaristas.

Na declaração de hoje, disse que “nada está perdido” e afirmou que o seu futuro “está na mão de seus apoiadores''.

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“Eu perguntava: ‘O poder emana do povo?’ Depende de quem o povo escolhe para representar. Se emanasse do povo somente pelo povo, Cuba não seria uma ditadura. Devemos ver o que aconteceu em outro países [ sinal interrompido] Nada está perdido. O ponto final somente com a morte. Nunca saí de dentro das quatro linhas da Constituição e acredito que a vitória virá também dessa maneira. Dou a minha vida pela minha pátria. A vida física. Não é se matar pela pátria de trabalhar, o que é natural. A vida física, se preciso for”, afirmou.

“Qual o futuro do Brasil? Não vou falar do outro lado político, mas qual o futuro do Brasil? O que aconteceu? Por que chegamos a esse ponto? Demoramos a acordar, [mas] nunca é tarde para acordarmos e sabermos da verdade. Logicamente, quanto mais tarde você acorda, mais difícil é a missão”, completou.

Bolsonaro ainda incentivou manifestações de apoiadores que continuam contestando o resultado do pleito eleitoral.

“Estamos nos manifestando de acordo com as nossas leis. Vocês são cidadãos de verdade. Está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil. Acredito em vocês. Vamos [ inaudível] nosso país se Deus quiser. Tudo dará certo, no momento oportuno. Muito obrigado”, disse.

O atual presidente ainda falou sobre a atuação das Forças Armadas. O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse, nesta sexta-feira (9), que o critério a ser utilizado para escolha dos comandantes da corporação será o da antiguidade. Ou seja, serão selecionados militares com mais tempo de serviço em cada instituição.

“Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse ao longo desses quatro anos, elas são o último obstáculo para o socialismo. As Forças Armadas, tenho certeza, estão unidas e devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo, respeitam a Constituição e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade”, completou.

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