A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou o pesquisador Ricardo Galvão como novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nesta terça-feira (17).
No discurso, Galvão disse que a "ciência sobrevoou ao cataclismo de um governo negacionista". Ele foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2016 a 2019. O pesquisador foi demitido do cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Eu tenho 51 anos de serviço público. Os servidores públicos são acusados de não fazerem nada e de não produzirem nada. Vocês foram o sustento contra o governo que deixou o País", disse.
"[Governo Bolsonaro] que empreendeu verdadeiro desmonte das políticas públicas em diversas áreas. No dia de hoje viramos essa página triste de nossa história com a convicção de que a ciência voltará a promover grandes avanços para a nossa sociedade”, acrescentou.
O novo presidente do CNPq ainda destacou a importância do Conselho para o país.
“Há pouco mais de dois meses derrotamos a truculência que existia em nosso País. Essa cerimônia é a comprovação de que a ciência sobreviveu ao cataclismo de um governo negacionista. Agora voltaremos a ter investimentos em ciência e isso passa pelo fortalecimento do CNPq", acrescentou.
Galvão defendeu ainda os funcionários públicos. "Todos os servidores públicos são acusados de não fazer nada, de não produzir, de não trabalhar, mas vocês foram o sustento contra esse governo. Eu sou muito agradecido a todos, muito agradecidos a todos os servidores das unidades", afirmou.
Galvão é professor de física da Universidade de São Paulo (USP). Ele foi incluído na lista da revista "Nature" de 10 cientistas que se destacaram em 2019.
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