O corregedor-geral eleitoral Benedito Gonçalves aceitou nesta quinta-feira (19) o pedido de abertura de investigação judicial eleitoral contra Jair Bolsonaro por abuso de poder político e econômico no processo eleitoral. A ação foi apresentada pela coligação partidária encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista acusa Bolsonaro de realizar atos de campanha nas dependências do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada.
Em sua decisão, Gonçalves explicou que o ex-presidente já responde a outras duas investigações em decorrência do uso eleitoreiro de bens públicos. No caso da ação de Lula, a acusação é por por realizar lives de caráter eleitoral nos palácios.
Ainda de acordo com a denúncia, Bolsonaro usou os palácios como "palco de encontro" com governadores, deputados federais e celebridades e se valeu "de todo o aparato mobiliário do prédio público”.
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O corregedor-geral afirmou que há elementos para abertura da investigação. Além de Bolsonaro, o candidato a vice Walter Braga Netto (PL) também é citado e passa à condição de investigado.
"Resta claro que a narrativa da petição inicial [pedido de investigação], em tese, é passível de se amoldar à figura típica do abuso de poder político, havendo elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade no contexto das eleições 2022", explicou Gonçalves.
Bolsonaro e Braga Netto têm cinco dias para apresentarem suas defesas. O caso pode levar à inelegibilidade do ex-presidente.
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