O general e ex-presidente dos Correios Juarez Cunha disse neste domingo (22) que o Exército é uma "instituição de Estado, não partidária" e que a Constituição é o seu "guia".
A declaração foi feita um dia após o presidente Lula demitir o general Júlio César de Arruda do comando do Exército. O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva foi nomeado para o cargo.
"Amigos militares! Hora de reajustar o dispositivo e recompor as forças. Disciplina é o nosso farol, a Constituição o guia, o respeito aos nossos chefes garantem o êxito na missão. Somos instituição de Estado, não partidária, não sujeita às turbulências da política partidária", publicou Cunha em uma rede social.
Leia também: Associação Urihi confirma a morte de senhora Yanomami em estado grave de desnutrição
Lula se reúne com presidente da Argentina nesta segunda-feira (23)
No último sábado (23), ele já tinha escrito que "ser militar é ter uma instituição de Estado, apolítica e apartidária".
"Gen Tomás, Cmt Mil Sudeste: Ser militar é ter uma instituição de Estado, apolítica e apartidária ….. vamos continuar defendendo a democracia e respeitando a alternância do poder. Palavras absolutamente adequadas no momento e manifesto aqui minha total solidariedade com o Gen", escreveu Cunha.
Tomás Miguel Ribeiro Paiva era o comandante militar do Sudeste, enquanto Cunha foi o presidente dos Correios durante parte do governo Bolsonaro.
À imprensa, José Múcio, ministro da Defesa, disse que a troca no Exército aconteceu devidos aos últimos acontecimentos em Brasília. "Evidentemente que depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos e a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura no nível de confiança e nós achávamos que nós precisávamos estancar isso logo de início até pra que nós pudéssemos superar esse episódio", afirmou.
REDES SOCIAIS