A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou nesta segunda-feira (13) do primeiro dia da programação da 6ª Conferência Global de Tecnologia Sustentável e Inovação (G-Stic), que ocorre até o próximo dia 15 na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Na plenária que debateu a recuperação mundial no pós-pandemia de Covid-19, a chefe do Ministério da Saúde destacou o evento como expoente para comunidade internacional na retomada dos objetivos da Agenda 2030 e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ministra reforçou que a conferência é uma oportunidade para discutir questões centrais, e apontou fortalecimento dos sistemas de saúde como uma das urgências contemporâneas, não só pelas lições deixadas pela Covid-19, que além das dificuldades estruturais precisaram se opor ao negacionismo científico e às fake news.
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“Quando participei da COP 27, enfatizei a importância do clima para a saúde pública, as mudanças climáticas e a importância da Ciência, Tecnologia e Inovação para sua implementação. Agora, na condição de ministra da Saúde, no tempo da agenda 2030, com a convicção da relevância dos objetivos do desenvolvimento sustentável como melhor roteiro para o mundo, mais justo e mais saudável, é o compromisso com essa agenda, que pode auxiliar no desenvolvimento de um roteiro de preparação de resiliência e de construção do futuro”, disse.
Em sua apresentação, a gestora enfatizou o papel da tecnologia e da inovação como fundamentais para a superação das desigualdades que ainda afastam mais de 50% da população mundial dos serviços essenciais, como saneamento básico.
Para ela, entre os aspectos mais dramáticos dos impactos da pandemia está a situação de vulnerabilidade de determinados grupos, como a população Yanomami no Brasil que, frente à desassistência, vive uma situação de emergência em saúde pública. Ela também apontou o aumento registrado dos casos de violência contra mulheres e crianças ao mesmo tempo em que o acesso à tecnologia não é democratizado.
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“Precisamos de inovação e tecnologia em sentido amplo, como forma de promoção de equidade e justiça social, que são fundamentais para o respeito aos direitos humanos, na busca dos ODS e outras metas da ONU”, garantiu.
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