Duas semanas após as denúncias, 194 dos 207 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, retornaram para suas casas em Feira de Santana, na Bahia. As outras 13 pessoas optaram por permanecer na região, já que nove são gaúchos.

Todos os quatro ônibus que levaram os baianos para casa foram escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até a saída do estado onde eles se encontravam.

Uma parte dessas pessoas trabalhavam como funcionários terceirizados na safra e no carregamento de uvas das vinícolas. Outro grupo ficava com o carregamento de aves, que eram enviadas dos aviários para os frigoríficos da região.

De acordo com as próprias vítimas, que tinham entre 18 e 57 anos, eles eram obrigados a trabalhar das 4h até às 21h. Durante a jornada, eram espancados, tomavam choques e spray de pimenta em caso de reclamação.

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Além disso, a empresa fornecia comida estragadas para essas pessoas durante as tarefas.

O Ministério Público do Trabalho acompanha o caso e alega que existe responsabilidade solidária das vinícolas no caso. O empresário acusado de recrutar e manter as pessoas na situação análoga à escravidão foi preso, mas foi solto após pagamento de fiança. Ele tem até o dia 28 de fevereiro para quitar as verbas que serão repassadas aos trabalhadores.