A força-tarefa intitulada “Operação Libertação” destruiu, desde o dia 20 de janeiro, 272 acampamentos de garimpo na região da Terra Indígena Yanomami. O levantamento foi divulgado na última quinta-feira (13) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ação no local ocorreu após o ministro Flávio Dino abrir um inquérito policial para analisar crimes de genocídio indígena e os impactos do garimpo no meio ambiente.
A operação, concentrada no estado de Roraima, foi resultado de um projeto conjunto de diversos órgãos institucionais do Brasil. Estiveram à frente a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama, as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança Pública e a Funai.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças entre um e quatro anos da comunidade Yanomami morreram em 2022 por consequência do garimpo ilegal na região. As principais causas das mortes foram por desnutrição, pneumonia e diarreia. Todas consideradas evitáveis.
Outras operações, como a "Avis Áurea" e "Sisaque", também foram constituídas a fim de dar fim a organizações criminosas voltadas à manutenção financeira do garimpo e ao contrabando de ouro advindo da floresta amazônica.
Ainda de acordo com informações do Ministério, os voos ilegais tiveram uma redução de 30 para dois. Além disso, também foi registrada uma queda no número de garimpeiros na região, passando de 15 mil homens para cerca de mil.
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O resultado da operação na prática
Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública
Além dos mais de 200 acampamentos que foram inutilizados, as organizações efetuaram prisões de membros de empresas clandestinas e mais informações sobre o destino do ouro ilegal também puderam ser obtidas.
Nos 30 primeiros dias, a força-tarefa apreendeu 27 toneladas de cassiterita, 84 balsas e embarcações, duas aeronaves, 200 acampamentos, 172 motores e geradores de energia. Em comunicado, o Ministério também revelou a apreensão de máquinas para extração de minérios, motosserra, mercúrio, modens de internet via satélite, celulares, armas e cocaína.
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