Os familiares de Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro, e do motorista Anderson Gomes poderão ter acesso ao material que investiga os mandantes do assassinato ocorrido há cinco anos. A autorização ao inquérito foi feita nesta terça-feira (18) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão. por unanimidade da Sexta Turma, acontece após a família de Marielle ter entrado com um recurso contra o sigilo do caso imposto pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Com a liberação do órgão, as investigações passam a ser acompanhadas pelas defesas de Mônica Benício e Marinete da Silva, viúva e mãe da vereadora, além da de Agatha Arnaus, viúva de Anderson.

Foto: Reprodução/Instagram @institutomariellefranco

O acesso às provas do caso é avaliado como uma forma de reparação e garantia de direitos à memória e à Justiça de uma figura que representava inúmeras comunidades.

O Instituto Marielle Franco fez uma postagem de um vídeo nas redes sociais, que inclui a fala dos parentes das vítimas, comemorando a decisão do STJ: “Hoje, as famílias de Marielle e Anderson e a sociedade têm um motivo para renovar as esperanças, pois conseguiram um importante passo na busca pela justiça”.

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Um dos acusados da execução do assassinato, o policial militar reformado Ronnie Lessa, também deve ser encaminhado a júri popular a partir de um outro processo de investigação. Há ainda outro inquérito em andamento que apura quem teria sido o mandante do crime e qual a motivação.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos a tiros em um carro no dia 14 de março de 2018 na região central da capital fluminense.

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