O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (3) que a taxa Selic será mantida em 13,75% ao ano. O patamar segue no mesmo valor pela sexta vez consecutiva, já que não sofre alteração desde agosto de 2022. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece num cenário de inúmeras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros do governo alegando que o valor prejudica o crescimento da economia do país.
Em comunicado, o comitê responsável pela regulação da taxa básica de juros ainda ressalta que, em caso de necessidade, o órgão pode voltar a aumentar a Selic em consequência da desinflação, ainda que considere esse cenário menos provável. Além disso, o Copom pede por “paciência e serenidade na condução da política monetária”.
A próxima reunião do comitê para definir a taxa de juros está prevista para ocorrer nos dias 20 e 21 de junho e não há sinalizações de redução para os próximos encontros.
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Críticas de Lula a taxa de juros
Na última segunda-feira (1), Lula, ao associar a taxa Selic com o desemprego, atribuiu o valor estabelecido pelo Banco Central com a atual situação do país.
De acordo com falas de membros do governo e com as reiteradas críticas do presidente, a permanência do patamar em 13,75% prejudicaria de forma significativa o crescimento da economia nacional.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, costuma destacar que a instituição tem operação autônoma e que atua de forma técnica em consonância com o controle da inflação.
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