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Bolsa microscópica é leiloada por US$ 63 mil

Criada pelo coletivo de arte MSCHF, o item é menor que um grão de sal e estreito o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha


29/06/2023 19h24

Uma bolsa microscópica, "menor que um grão de sal" e capaz de passar por um "buraco de uma agulha", foi vendida em um leilão na última terça-feira (27) por US$ 63,7 mil, o equivalente a R$ 310 mil. 

Desenvolvida pelo coletivo de arte MISCHF, o item faz referência a grife Louis Vuitton, ainda que não exista vínculo nem autorização da marca de bolsas de luxo.

De acordo com o grupo responsável pela produção da minibolsa, a peça só consegue ser vista com o uso de um microscópio, já que mede 657 x 222 x 700 micrômetros. Além disso, ela foi feita usando uma técnica de impressão 3D a partir de resina de fotopolímero.

Os lances teriam se iniciado em U$ 15.000, por meio da plataforma Joopiter, fundada pelo cantor Pharrell Williams. A compra também teria incluído um estojo em gel e um microscópio com visor digital.

“Existem bolsas grandes, bolsas normais e bolsas pequenas, mas esta é a palavra final na miniaturização de bolsas. À medida que um objeto outrora funcional, como uma bolsa, torna-se cada vez menor, seu status de objeto torna-se cada vez mais abstrato, até que se torne apenas um significante de marca”, disse o coletivo de arte em comunicado.

Embora seja decoloração fluorescente, segundo a revista norte-americana Smithsonian, as amostras das bolsas eram tão pequenas que no período de criação algumas chegaram a ser perdidas.

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Conheça o coletivo de arte

Com sede no Brooklyn (EUA), o grupo MISCHF já desenvolveu outros designs polêmicos que corroboram para reflexões sobre a lógica mercadológica e o consumo contemporâneo. Entre algumas das produções estão tênis com sangue humano, tênis com água benta ou mesmo botas grandes de borracha vermelha.

Em menos de quatro anos, ao fazer referências a marcas, o grupo já recebeu processos de empresas como a Nike e a Vans, sendo que esta última a ação ainda permanece em andamento.

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